SEM CUSTEIO: QUEM PAGA A GRATUIDADE É O PASSAGEIRO PAGANTE

             Segundo a Viação dedo de Deus, as gratuidades concedidas pelo governo municipal não são custeadas, recaindo assim todo o seu custo sobre o valor de tarifa pago pelos passageiros pagantes. Número de passageiros transportados chega a 47% de gratuidades, atingindo cinco milhões de passagens ao ano, que não são custeadas pela Prefeitura Municipal.

         As Viações Dedo de Deus e 1° de Março, atuantes em Teresópolis há mais de 60 anos, são as empresas operadoras de todas as linhas municipais. Em entrevista ao jornal O Diário de Teresópolis, a empresa alega preocupação com sua saúde financeira, fortemente impactada pela crescente diminuição de passageiros pagantes, alta nos preços dos combustíveis e insumos e principalmente, excessos de gratuidades fornecidas pelos governos. De acordo com a lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003, as empresas de transportes estão vedadas de quaisquer cobranças há idosos acima de 65 anos. Em Teresópolis, a prefeitura municipal criou a lei 1.882, em 1998, dando assim gratuidade a idosos entre 60 e 64 anos de idade, porém nunca custeadas pelo município, gerando assim fortes aumentos nas tarifas e grande desequilíbrio econômico para as empresas. Não só as gratuidades para os idosos impactam a saúde da empresa, como também a gratuidade concedida a estudantes da rede pública municipal e estadual. Segundo informado por Bianca noboa, gerente de comunicação, ao jornal O diário de Teresópolis, o estado do Rio de janeiro não repassa os subsídios referentes as passagens dos estudantes da rede pública Estadual há mais de sete anos, valor este que impacta diretamente no custo da tarifa para os usuários pagantes. 

      Com excesso de gratuidades os mais prejudicados são os passageiros pagantes que sofrem com superlotações, diminuição de viagens e horários ofertados, assim como veículos antigos ainda em operação. Somente em Teresópolis, contabilizando as frotas da Viação dedo de Deus e Viação 1° de Março, são cerca de 23 veículos com mais de 10 anos ainda em operação, valor este que corresponde a um quarto da frota total com mais de 10 anos, considerados vencidos de acordo com a lei Municipal que, determina o prazo máximo da frota Municipal de 10 anos de uso. Além destes 23 veículos já vencidos, empresa conta com mais 7 veículos próximos de completar 10 anos de rodagem. As renovações torna-se cada vez mais difícil devido aos constantes aumentos de insumos para operação e diminuição de passageiros pagantes.

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